Era o ano de 1977, no interior da Amazônia brasileira, na pequena cidade de Colares, no Pará, um evento extraordinário mudaria para sempre a história dessa comunidade. Relatos assustadores de ataques de luzes vindas do céu e que "chupavam" o sangue das vítimas espalharam-se como fogo pela cidade.
Tudo começou em abril daquele ano, quando pescadores locais descreveram encontros perturbadores com uma luz em forma de cone que os queimava com um feixe menor de luz. Aqueles que ousaram enfrentar a criatura desconhecida afirmaram que ela coletava amostras de sangue das vítimas indefesas.
Os ataques continuaram, ocorrendo principalmente durante a madrugada, enquanto os moradores dormiam, deixando marcas de queimadura e paralisia. As histórias ganharam força à medida que mais e mais pessoas relataram os mesmos sintomas, mesmo que nunca tivessem se conhecido ou visto antes.
Uma das vítimas foi a lavradora Claudomira Rodrigues da Paixão, que relatou uma experiência aterrorizante. Ela sentiu uma luminosidade percorrer seu corpo, como uma espécie de lanterna, antes de ser parcialmente paralisada e ter a sensação de ser picada por uma agulha. Claudomira desesperadamente gritou por socorro, mas a luz a deixou impotente.
A notícia dos ataques misteriosos espalhou-se por toda a região, causando pânico na população. Algumas pessoas fugiram da cidade em busca de proteção, enquanto outras decidiram se reunir em vigílias noturnas, andando sempre em grupo e acendendo fogueiras para afastar a ameaça.
Diante da gravidade dos acontecimentos, a Força Aérea Brasileira (FAB) foi acionada e iniciou a "Operação Prato" para investigar os estranhos eventos. Sob o comando do capitão Uyrangê Bolivar Soares Nogueira de Hollanda Lima, uma equipe de mais de 20 militares foi enviada à região com o objetivo de coletar provas e depoimentos.
Durante quatro meses de investigação, os militares testemunharam avistamentos frequentes das luzes misteriosas. Fotografias, filmagens e relatórios detalhados foram produzidos, documentando as aparições inexplicáveis.
Contudo, a investigação logo tomou um rumo sinistro quando o capitão Hollanda concedeu uma entrevista bombástica a um jornalista e ufólogo. Ele revelou detalhes intrigantes sobre a Operação Prato, admitindo ter medo de ser abduzido pelas luzes e descrevendo suas próprias experiências com os avistamentos.
Infelizmente, alguns meses depois da entrevista, o capitão Hollanda foi encontrado morto em circunstâncias misteriosas. Especulações sobre seu falecimento variam desde um possível assassinato até teorias de que ele teria mudado de identidade e deixado o país.
Embora a Operação Prato tenha entregado seus documentos ao Arquivo Nacional, alguns relatórios foram vazados e disponibilizados ao público, alimentando a curiosidade e a especulação sobre os eventos inexplicáveis de Colares. Até hoje, o mistério daqueles encontros com supostos OVNIS continua a intrigar, deixando em aberto a questão de que segredos podem estar escondidos nos confins da Amazônia brasileira.
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